Meu nome é Bruna, sou artista visual, trabalho principalmente com audiovisual e vou falar um pouco sobre minha jornada trabalhando com artes visuais e onde isso começa e termina dentro de mim.
Se eu tivesse que opinar, eu diria que não se diferencia, acho praticamente impossível desassociar a Bruna pessoa, da Bruna artista, afinal, essa sempre foi minha forma de me expressar e de me comunicar, criando formas, cores e deixando a luz entrar e ver como isso se transforma.
Quando eu descobri dentro de mim que eu poderia trabalhar com isso, foi ao mesmo tempo um grande alívio, mas também uma grande tomada de responsabilidade, porque ao mesmo tempo que aquilo é sua paixão e aptidão, de certa forma seu propósito, agora é o seu trabalho, você precisa depositar muita energia ali e realmente só vale a pena se for o que você quer de verdade.
Ser mulher e trabalhar com audiovisual, que são ambientes profissionais ocupados predominante por homens, é um desafio. Nós que somos mulheres sabemos que sempre precisamos trabalhar 5 vezes mais para ocupar os mesmo espaços, para ter voz ativa nas escolhas, principalmente por ser jovem, sempre precisei assumir uma postura ainda mais profissional, como se estivesse sempre provando meu espaço ali.
Comecei gravando e editando vídeos no celular mesmo, para quem me seguisse no instagram, segui assim durante muito tempo, como hobby. não tinha nem saído do colégio, uma irmã de uma amiga falou: "próximo ano vou me formar, e você vai fazer o vídeo da minha turma, você tem um ano para se organizar para isso", comprei minha primeira câmera, que foi a porta de entrada para o universo profissional, nem preciso dizer que o vídeo ficou péssimo, mas foi o começo.
Hoje tenho uma produtora com o luiz, meu namorado e sócio, chamada Rua Zero, onde exploramos a criatividade e também, tentamos criar um mercado mais conceitual e divertido, mesmo não sendo uma jornada linear, ela faz sentido, porque para mim, não existe outra opção além de ser quem eu sou, que é uma artista.
já tive contato com estudos de dança, teatro e canto, mas nada me move como contar histórias e criar narrativas, mesclando imagens com sons, misturando cores com luz, tudo isso se torna o meu maior propósito hoje.
Deixando aqui um agradecimento para a vida por poder trabalhar com arte:
é doce, mas é duro.
Bruna
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